Depois das quebras de paradigmas internacionais com as edições de Los Angeles (EUA) e Gotemburgo (SUÉ), um novo salto foi dado na segunda edição realizada de Brasília, dessa vez em termos de estrutura e de transmissão.

Foi a primeira vez em que Seletivas foram realizadas paralelamente ao palco principal, em uma mesma edição, qualificando os finalistas para o palco principal. Além disso, foi a primeira transmissão de competição de capoeira em TV aberta, alcançando uma audiência de 15,5 milhões de espectadores, o equivalente a 7 pontos no Ibope, marca expressiva para uma estreia, sobretudo num sábado à noite.

No card principal, Joyce Boneca e Pâmella Dandara venceram as lutas casadas femininas; Edilson Tubarão, Glaucio Flash e Ulises Sapo venceram as lutas casadas masculinas; Tyson Travassos foi o campeão master. Lucas Furacão conquistou o cinturão peso-leve na primeira disputa de cinturão dessa categoria e, no lançamento da mais nova Divisão Combate, Cezar Mutante conquistou o cinturão.

Na primeira Seletiva realizada fora do Brasil, atletas de diferentes países da Europa disputaram em Gotemburgo, Suécia, em diferentes categorias: infantil, juvenil, absoluto e master. No primeiro dia foi realizada a qualificação, com as finais de todas as categorias no dia seguinte, além de lutas casadas das categorias juvenil, absoluto feminino e máster masculino, que tiveram como vencedores, respectivamente, Gabriel Timbaleiro, Janaely Gata e William Junior, o Mestre Juninho.

Uma grande estrutura foi montada em Brasília (DF) para a sétima edição, que mobilizou diversos mestres locais para a organização e contou com a primeira transmissão de competição de capoeira feita por uma unidade móvel e também foi a primeira edição em que a categoria absoluto masculino teve os atletas separados por faixas de peso.

Nicolas Sonic foi o campeão Kids, Cleiton Guaxinim e Emanuelly Docinho os campeões juvenis, Maycon Patoca o campeão PCD, Eberson Pereira o bicampeão master e Sergio Coreano o bicampeão internacional. Nas lutas casadas, os vencedores foram Glaucio Flash (peso-médio), Tadeu Patuá (peso-pesado), Pâmella Dandara e Rosinha Saraiva.

No card principal, Mauricio Japão venceu a pré-disputa de cinturão peso meio-pesado, Michelle Bailarina venceu mais uma disputa de cinturão feminino, defendendo pela segunda vez sua premiação, e Erick Maia conquistou mais um cinturão: se antes ele tinha sido tricampeão absoluto, dessa vez levou também o cinturão dos pesos-médios.

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A primeira edição internacional do palco principal contou com 4 confrontos profissionais e três infanto-juvenis. Pela categoria juvenil, Gui Melgaço foi campeão diante de Nischal Atento. Nos duelos profissionais, Wendel Cobra levou a melhor sobre Doiny Borracha, Rafinha Manzo derrotou Alisson Máscara, Catalina Loira venceu Carla Aroeira e Taylor Sem Parar triunfou sobre Maratona Jackson. O evento foi o pontapé inicial da jornada do Volta ao Mundo fora do Brasil.
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A primeira edição do palco principal fora do Rio de Janeiro foi realizada em São Paulo, contando com apoio de uma liga de mestres locais e do poder público da capital paulista. Novamente com diversas categorias, o palco principal contou com Boneco de Mola como campeão Kids, Kauê e Larissa Leãozinho como campeões juvenis, Daniel Calango como bicampeão máster, Sergio Coreano como campeão internacional. Esperança, Rosinha, Tubarão e venceram os jogos casados.

A novidade ficou por conta da pré-disputa de cinturão feminino, entre Karen Kachinho e Janaely Gata, com Kachinho levando a melhor e se credenciando para desafiar Michelle Bailarina na próxima disputa da premiação máxima da capoeira entre as mulheres. Já no card principal masculino, Paulo Antônio Catitu levou a melhor sobre Tadeu Patuá.

Em um novo ponto de virada da marca, a quarta edição do palco principal foi realizada da arena olímpica do Rio de Janeiro, um dos palcos dos Jogos Olímpicos Rio 2016, dando um claro sinal de até onde a capoeira pode chegar em termos de alta performance. Com

o maior público já registrado em eventos Volta ao Mundo, superior a 3 mil pessoas, foi a edição do palco principal recordista em quantidade de atletas (34), em diferentes categorias: Kids, juvenil, PCD (em formato exibição), internacional, master e absoluto.

A edição também consolidou o formato jogos casados, com diferentes jogos masculinos e femininos que pavimentariam o caminho dos atletas até uma futura disputa de cinturão. A categoria PCD foi realizada no formato de exibição para promover o banco de atletas PCD, com os integrantes dessa categoria convocando capoeiristas PCD de todo o Brasil a se inscrever para edições futuras. Já a categoria juvenil foi realizada no formato de jogo cooperativo em duplas, em vez de combates.

Iluminado venceu a categoria Kids, Luquinhas e Espoletinha foram os campeões juvenis, Eberson Pereira conquistou a categoria master, Flavio Magrela foi bicampeão internacional, enquanto Wandré Caputino, Anderson Sem Coluna, Paulo Antonio Catitu, Andressa Manhosa, Janaely Gata e Karen Cachinho venceram os jogos casados. Nas disputas de cinturão, Michelle Bailarina defendeu sua premiação contra Thaiza Girassol e levou a melhor, enquanto o desafio entre Erick Maia e Marcus Aurélio Barrãozinho terminou com vitória de Erick, agora tricampeão do Volta ao Mundo.

Primeiro grande ponto de virada da marca, o VMB50K foi realizado no emblemático Pão de Açúcar, um dos maiores cartões-postais do mundo, o que atraiu grande atenção da mídia e do público de dentro e fora da capoeira. Também foi a primeira edição com apoio do poder público, devido ao movimento “Ouve a capoeira”, criado para chamar a atenção das autoridades locais para a grande realização que estava prestes a acontecer.

Com lotação máxima do anfiteatro do Parque Bondinho Pão de Açúcar, o evento ficou marcado pela primeira disputa feminina de cinturão, entre a campeã das Seletivas, Juliana Kitana, e a vice-campeã do VMB2, Michelle Bailarina, já que a campeã Navalha Fiu havia se lesionado, sem previsão de retorno aos palcos. Também foi marcante a estreia da categoria PCD com 4 competidores; o primeiro passo para o ranking de atletas, com o combate entre Miller Maciel e Vandeson Bem-Te-Vi; o lançamento da categoria Internacional, com Fabian Moica e Flavio Magrela; categoria Master entre Mestre Topeira e Mestre Calango.

O ponto alto da edição ficou por conta da primeira disputa de cinturão masculino, entre Erick Maia, campeão do VMB1, e Arthur Fiu, campeão do VMB2, vencida por Erick, que, logo na sequência, foi desafiado por Marcus Aurélio Barrãozinho, astro da capoeira no MMA, dublê de filmes de ação e que deu a vida a capoeiristas na indústria dos games, momento inesperado e que atraiu ainda mais a atenção do público de artes marciais para essa nova fase da capoeira.

O evento também atingiu o impacto de mídia superior a 1 milhão de reais e movimentou mais de 2 milhões na economia carioca, impulsionando o impacto das realizações do Volta ao Mundo na economia das cidades em termos de economia criativa.

A terceira Seletiva foi a maior realizada até então, com atletas de quatro categorias: juvenil masculino, juvenil feminino, absoluto masculino e absoluto feminino. Com 12 horas de duração, realizada no Tijuca Tênis Clube, contou também com o lançamento dos jogos casados pela categoria Master, com o duelo entre Mestre Topeira e Mestre Cocoroca, classificando o vencedor, Mestre Topeira, para a edição seguinte.

No absoluto masculino, o campeão foi Budião, de Serra (ES); no absoluto feminino, Kitana, da capital carioca; no juvenil masculino, Yann, de Belo Horizonte (MG), e no juvenil feminino, Mara Espoletinha, que viajou por 72h de Teresina (PI) para o Rio de Janeiro para a disputa, numa história incrível de superação e dedicação ao esporte.

A segunda edição do palco principal reuniu 8 competidores e 8 competidoras no Teatro Antônio Fagundes, e ficou marcada por ter promovido o primeiro card feminino do Volta ao Mundo Bambas, com o cinturão sendo conquistado por Navalha Fiu, e também pelo primeiro e até então único nocaute no palco principal, de Saci Fiu sobre Mauricio Japão.

Entre as mulheres, o critério de escolha das “galácticas” foi o mesmo do VMB1: atletas com trajetória reconhecida na modalidade. Já entre os homens, quatro vagas foram dos campeões e vice-campeões das duas Seletivas realizadas em Guarulhos e na capital carioca.

Depois do confronto entre mestre e aluno, Arthur Fiu e Saci Fiu, Arthur se classificou para a decisão diante de Alisson Ireno, vice-campeão da Seletiva Guarulhos, que havia

eliminado Daniel Calango na semifinal. Na grande decisão, Arthur Fiu levou a melhor e, com o título, se credenciou à primeira disputa de cinturão do Volta ao Mundo.

No mesmo dia do VMB2, logo antes do palco principal, foi realizado o VMB Kids, edição especial dedicada à categoria infantil, que seria lançada na ocasião. No mesmo formato GP do palco principal, 8 crianças com destacada atuação na capoeira foram selecionadas e disputaram o título, com a vitória do paulista Tigre.

Na segunda Seletiva, já de volta à capital carioca, Anderson Água-Viva foi o campeão e o vice-campeão foi Lucas Furacão. Eles também garantiram vagas na edição seguinte do palco principal.

Na primeira edição de uma Seletiva do Volta ao Mundo Bambas, realizada em Guarulhos (SP), Saci Fiu foi o campeão com Alisson Ireno como vice-campeão, conquistando as duas primeiras vagas para a segunda edição do palco principal.

O primeiro card reuniu 8 atletas com trajetória consolidada na capoeira para uma competição inovadora na modalidade, que foi realizada no formato GP, em agosto de 2022, no Rio de Janeiro, no Espaço de Eventos Fire. Após quartas de final e semifinais entre os “galácticos” daquela edição de lançamento, Erick Maia derrotou Mauricio Japão na grande final, conquistando pela primeira vez aquele que viria a se tornar o maior cinturão da capoeira.

O evento também inaugurou um novo momento na capoeira com a utilização de um sistema de avaliação, julgamento e arbitragem inovador e pioneiro, uma estrutura de vanguarda em termos audiovisuais e midiáticos – com apresentador, comentarista e uma transmissão de alta qualidade – e premiação financeira aos atletas, estabelecendo novo paradigma na modalidade.